quarta-feira, 11 de junho de 2008

Olha o Trem...

Greve dos motoristas de ônibus, estação superlotada, chuva, conjuntivite e a entrega da segunda edição do sobpressão, tudo isso serviu de desculpa para adiar a tão esperada reportagem no trem. Depois de muito relutar, resolvi me render a dinâmica da atividade no trem. Na última terça-feira, Íkara, Dely e eu fomos a Estação Ferroviária Engenheiro João Felipe, no cento de Fortaleza.

O objetivo da visita era conhecer o local, ouvir testemunhos, saber dos números com a administração, fotografar e, em seguida, voltar para universidade a tempo de assistir a aula do horário ef.

Ao chegar à estação fomos surpreendidas com a estrutura do local, que foi reformada, que se encontra limpa, em bom estado de conservação e com vigilância. Atrativos não faltam na Estação João Felipe: sorveteria, pastelaria, lanchonetes, barraquinha de comidas típicas, televisão, exposição de arte, biblioteca e acesso gratuito a internet.

Cerca de 20 mil pessoas circulam diariamente na Estação, que opera duas linhas de trens urbanos: uma norte (Caucaia) e outra sul (Vila das Flores - Pacatuba). O vendedor Luis de Oliveira que é usuário da linha Parangaba-Maracanaú mostra as vantagens do transporte ferroviário: “prefiro trem porque é mais barato e mais rápido. Meu carro deixo em casa”.

Entretidas com as atividades da estação quase perdemos o trem. Entrevista, lanche, visita ao espaço multimídia e as fotos foram interrompidas com o apitar do trem que já anunciava sua partida. Paramos nossas atividades para correr em direção a ele. Parecia cena de filme. Três mulheres correndo em direção ao trem. O atraso foi tanto que só conseguimos embarcar no último vagão. Ao entrarmos todos nos olharam. Parecia que eles já sabiam que era nossa primeira vez ali. Desconfiadas e ansiosas para ouvir o encarrilhar dos vagões sentamos e ficamos a espera da partida. O barulho do velho vagão, que ao contrário da estação João Felipe, estava em péssimo estado de conservação nos assustou. No decorrer do trajeto fomos nos acostumando ao balançar da máquina e aproveitando o passeio para pegar mais informações.

Ao chegarmos ao fim da linha voltamos para o centro de Fortaleza com algumas novidades e muita história para contar.

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